Muitas pessoas desejam iniciar seus investimentos, porém, para o investidor iniciante os primeiros passos são muito desafiadores, a inexperiência traz consigo muita insegurança. Para perder o medo de investir, o investidor iniciante precisa adquirir conhecimento sobre o solo em que está pisando, ou seja, saber os tipos de investimentos mais comuns do mercado, para que a experiência no mundo dos investimentos não se torne um pesadelo.
Por esta razão, este artigo busca dar um panorama geral sobre os investimentos de forma resumida, permitindo que o investidor possa se aprofundar nos assuntos que mais tiver interesse. Sendo assim, neste artigo trazemos apenas a ponta do iceberg para o seu aprendizado, que deve ser continuado de forma mais aprofundada em cada um dos tópicos que apresentamos.
RESERVA DE EMERGÊNCIA
Antes de mais nada, é muito importante que todo investidor possua a sua reserva de emergência. A reserva de emergência serve para aqueles momentos em que a vida nos prega peças e precisamos desembolsar um dinheiro que não estava em nossos planos gastar, por exemplo, emergências médicas dentro da família, perda do emprego, o celular que parou de funcionar, entre outras situações que são imprevisíveis no nosso dia a dia.
Por esta razão, todo investidor deve possuir cerca de 6 meses a 1 ano do seu custo de vida em uma reserva de emergência. Sendo assim, a reserva de emergência, por ter caráter de urgência, deve estar alocada em algum ativo com liquidez diária, pois você pode precisar a qualquer momento, e ainda, deve ser aplicada em ativos seguros, ou seja, que tragam menores riscos possíveis ao investidor. Por esta razão, investimentos em renda fixa, em especial os CDBs, são os mais recomendáveis para manter a sua reserva de emergência.
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RENDA FIXA
Certificado de Depósito Bancário – CDB
Essa forma de investimento é uma das mais comuns do mercado de renda fixa e muitas vezes é a porta de entrada dos investidores para o mundo dos investimentos. No CDB, o investidor empresta o seu dinheiro para os bancos e tem sua remuneração provinda dos juros que o banco paga. O CDB, na maioria dos casos, possui garantia pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), em que o investidor tem a segurança de até R$ 250 mil por CPF por instituição financeira, ou seja, se você tiver até R$ 250 mil investidos em CDB em um banco estará assegurado pelo FGC.
A facilidade de investimento é um grande atrativo dos investimentos em CDB, basta que o investidor tenha uma conta em algum banco ou corretora de investimento, e encontre a opção que melhor se encaixe em suas necessidades.
Letras de Crédito Imobiliário – LCI e Letras de Crédito do Agronegócio – LCA
De maneira simplificada, os LCI e os LCA são muito semelhantes ao investimento em CDB, a diferença fica por conta da destinação do investimento. Enquanto no CDB o dinheiro é emprestado ao banco, nos investimentos em LCI o dinheiro é destinado a investimentos no setor imobiliário, e nos investimentos em LCA, a finalidade é em investimentos no setor do agronegócio.
Diferentemente do CDB, os LCI e LCA não possuem liquidez diária, ou seja, ao fazer o investimento, o investidor deve deixar o dinheiro por um período mínimo de tempo. Caso precise do dinheiro investido, o investidor deve negociar o ativo por meio do mercado secundário com outro investidor que aceite comprar o ativo e assumir a manutenção do investimento até o período de vencimento do ativo.
Tesouro Direto
No Tesouro Direto, o dinheiro investido se torna um empréstimo ao governo. Por ter como credor o governo nacional, o tesouro direto é considerado um dos investimentos mais seguros do país. Existem diversas opções de investimentos dentro do tesouro direto, sendo assim, o investidor pode investir por meio do Tesouro Selic, Tesouro IPCA+, Tesouro Prefixado, entre outras formas. Vale destacar que cada uma dessas formas de investimentos no tesouro direto possui suas características próprias, por isso, vale a pena o investidor se aprofundar mais nesse assunto para aproveitar as melhores opções de investimento.
Se você quer se aprofundar mais em investimentos de renda fixa como o CDB, LCI, LCA e Tesouro Direto, não deixe de conferir nosso artigo clicando aqui.
RENDA VARIÁVEL
Ações
O investimento em ações é quando você compra partes de empresas, ou seja, você se torna cotista de determinada empresa, tendo direito a participação nos lucros desta empresa no percentual a que suas ações correspondem.
O mercado de ações é variável, então o valor das cotas das empresas irá variar ao longo dos anos a depender da situação financeira da empresa, cenário microeconômico e cenário macroeconômico, tanto a nível nacional como a nível mundial.
No investimento em ações, o investidor pode ser remunerado de diversas formas, sendo na maioria dos casos por meio de dividendos, que são isentos de imposto de renda, juros sobre o capital próprio, que tem seu valor depositado na conta do investidor já descontando o imposto de renda, bonificações, em que a empresa distribui novas cotas (de forma gratuita) aos acionistas de acordo com a participação que cada um possui, ou ainda, pela valorização da própria cota da empresa.
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Fundos Imobiliários
Os Fundos de Investimentos Imobiliários, os FIIs, são divididos por classes, sendo as mais comuns os fundos de tijolo e os fundos de papel. Os fundos de tijolo são fundos de imóveis físicos, ou seja, é quando o investidor está aplicando seu dinheiro em cotas de shoppings, galpões logísticos e industriais ou lajes corporativas, entre outros. Nesse tipo de investimento, o investidor recebe seus dividendos por meio dos aluguéis desses imóveis ou pelo lucro da venda dos ativos.
Já nos fundos de papel, o investidor estará aplicando os seus recursos em dívidas, ou seja, o fundo adquire dívidas como os Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRIs, e desta maneira o investidor é remunerado por meio dos juros recebidos nessas operações.
Vale destacar ainda, que os fundos imobiliários devem, por lei, distribuir no mínimo 95% dos seus lucros aos cotistas durante o semestre. O acompanhamento das atividades desempenhadas pelos fundos imobiliários, tanto de papel como de tijolo, se dá por intermédio dos Relatórios Gerenciais, os quais trazem, geralmente todos os meses, todas as informações do fundo e explica os pontos positivos e os pontos negativos enfrentados pelo fundo.
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Exchange Traded Funds – ETFs
Os ETFs são conhecidos como fundos de índices. Dessa forma, o fundo busca replicar a rentabilidade obtida por determinados índices, por exemplo, aqui no Brasil temos o BOVA11, que busca replicar a rentabilidade obtida pelo Índice Bovespa. Desta forma, o investidor investe em um único ativo, que é composto por diversas empresas, recebendo a média dos proventos distribuídos por estas empresas.
O investimento em ETF também proporciona que investidores nacionais apliquem seu dinheiro fora do país, um exemplo disso é o IVVB11, que busca reproduzir o Índice S&P500, dos Estados Unidos. Dessa forma, o investidor pode alocar seus recursos e obter rendimentos de índices de fora do país sem precisar enviar seu dinheiro para o exterior.
Existem diversas formas de investir por meio de ETFs, por isso é importante que o investidor busque investir nos ETFs que mais combinam com seus objetivos de investimento. Se você tem interesse em expandir seus conhecimentos sobre o Mercado de ETFs clique aqui.